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Vc já deve ter ouvido falar dos HIMBAS

12/09/2022
Vc já deve ter ouvido falar dos HIMBAS

Vamos falar sobre os HIMBAS?

É muito provável que você já tenha visto as imagens impressionantes de mulheres com os cabelos embebidos de uma pasta alaranjada, com os seios expostos e com os corpos também cobertos por um creme alaranjado. Lembrou?

Estive em uma aldeia HIMBA perto de Opuwe (Namíbia).

Para chegar à aldeia é preciso pegar uma pequena pista não longe da estrada. Já tinha tudo acertado e meu contato estava me esperando bem na entrada.

A aldeia é toda circular. As casinhas (ocas) são pequenas e feitas de barro. Cada núcleo familiar tem a sua. No centro na aldeia fica um cercado que confina e protege o gado (nesta aldeia somente cabras). É exatamente a mesma lógica dos Massai no Quênia.

Entrei com a moto até uma área mais aberta antes das casas. A criançada se agitou como se eu fosse um extraterrestre. Para minha surpresa, ao contrário de outras experiências, a molecada não veio tocar a moto. Depois percebi que os Himbas têm uma certa timidez e mantém um distanciamento inicial.

Quase nenhum homem, poucas crianças e muitas mulheres. Depois entendi que os homens vão cuidar do gado, as crianças vão à escola da cidade e as mulheres tocam a aldeia.

Eles são seminômades. São essencialmente pastores e como em muitas etnias mundo afora, se deslocam em função da disponibilidade de pasto para o gado. Mas aqui, somente os homens se deslocam. As mulheres ficam e cuidam das plantações de subsistência.

Eles têm um conselho de anciões que define quem será o Chefe. Segundo me disseram, nunca houve disputa e tudo é resolvido entre poucas famílias.

Eles seguem as crenças religiosas típicas de várias regiões subsaarianas onde a conexão com os ancestrais é a base.

Arte, música e dança são formas de marcar a própria identidade, mas também de agrupar toda a aldeia.

A história deles é marcada por tragédias, guerras e perseguições. No início do XX século, eles quase desapareceram com o genocídio conduzido pelos colonizadores alemães.

Foram se recuperando aos poucos e hoje estão presentes em todo o noroeste da Namíbia e em parte do sudoeste Angolano.

Eu já estive em várias comunidades de povos originários e por comparação os Himbas parecem ter atualmente uma vida bastante primitiva, mas relativamente saudável. Adultos e crianças têm uma fisionomia de quem esbanja saúde e o bom humor está presente o tempo todo.

Uma experiência e tanto.

Marcelo Leite
Marcelo Leite

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