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A difícil tarefa de convocar uma equipe para um “Projeto Impossível”

Gente - Expedições - 14/09/2017
A difícil tarefa de convocar uma equipe para um “Projeto Impossível”

Em meados de 2010 eu estava decidido a colocar em prática um grande sonho pessoal: dar a volta ao mundo em uma moto pelos 5 continentes. Com cabeça de engenheiro e acostumado a conduzir “projetos encrencas” eu sabia que para transformar meu sonho em realidade precisava antes de tudo, avaliar sua viabilidade e em caso positivo, estruturar formalmente um Projeto. E foi isso que fiz. Mas logo no início desse processo houve um episódio que quero aqui dividir com vocês.

Esse sonho era meu e preferi estudar sua viabilidade sozinho. Só quando tive a certeza que poderia ir em frente, fui “convocar” a Beth, minha companheira, a embarcar nessa empreitada comigo. A participação dela no Projeto seria determinante e eu sabia que minha missão de convencê-la não seria fácil. Raríssimas pessoas tinham feito algo similar no mundo e os riscos não eram pequenos.

Me enchi de coragem, pedi uma conversa e comecei rodeando, explicando e finalmente mostrando o que tinha concluído com relação ao Projeto. Eu falava e ela ficava em silêncio. Depois de quase uma hora, eu já estava achando que minha missão iria fracassar até ela me interromper e perguntar “Em que dia?” Com cara de espanto eu perguntei “Como assim?”. Ela certeira, me colocou “Eu confio em você, seu Projeto parece consistente e seu sonho agora é nosso! Em que dia sairemos?” Dali em diante era arregaçar as mangas para finalizarmos as atividades de preparação e depois sair para abraçar o mundo.

Inicialmente eu fiquei assustado da maneira fácil como ela aderiu ao então “meu” Projeto, mas pensando bem, eu tinha uma causa muito forte (um sonho contagiante); meu estudo era fruto de meses de trabalho e gerou confiança; não era o primeiro “projeto encrenca” que ela me via abraçar e claro, ela me viu pessoalmente mergulhado de cabeça nessa empreitada.

Como disse, eu adoro “projetos encrencas”. Alguns anos antes do episódio que contei acima, eu assumi um grande projeto de TI que estava com atraso de dois anos e completamente desacreditado na organização. Precisava então conseguir os melhores profissionais para montar uma equipe quase ao estilo “missão impossível”. Tinha que buscar gente interna e no mercado, muitas vezes bem posicionados.

Então como fazer? Eu aprendi que a receita que costuma dar certo é quase sempre a mesma:

– Ter uma causa forte;
– A possibilidade de deixar sua marca e fazer parte do time que resolve o que parece ser “impossível” (essa é uma fórmula quase mágica para quem gosta de desafios de verdade);
– Transparência ao apresentar um plano de projeto consistente e realista;
– Obter pessoalmente a confiança de cada um dos que formarão a equipe; e
– Não deixar nenhuma dúvida quanto ao próprio comprometimento pessoal.

A Beth pode hoje se orgulhar de ser a única mulher brasileira a ter rodado de moto pelos 5 continentes, porque ela acreditou na “convocação” para o Projeto que parecia “impossível”.

Marcelo Leite

Marcelo Leite
Marcelo Leite

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